Minha adolescência não foi nada fácil. Não por causa de crises ou paranóias, nunca fui de ficar "atrás da minha identidade" ou essas coisas, na verdade, sempre achei exagero dizer que adolescência é fase pra se encontrar, mas que foi um tempo complicado, foi.
Quando fiz uns 12 anos, posso dizer que minha vida começou a caminhar por si só, inclusive, a vida com Deus. Todo filho de discípulo chega nesse momento, na verdade, o próprio Deus envia essa "largada" pra que tenhamos a oportunidade de começar a conhecê-lo e depois escolhê-lo por conta própria.E no meu caso, tudo começou numa desastrosa campanha King's Kids!
Era 2002, lá em Simões Filho, decidi por levar a sério essa coisa de "Evangelho", "Ser Escolhido", "Ter um Chamado", etc e tal. Mas pra sua frustração, não foi porque fui tocada ou passou um vento impetuoso e me desmontou, não, nada disso. Era tudo por interesse. Me apaixonei tragicamente por um amigo que conheci na campanha e ele era um bom discípulo. Aí eu disse: "Bem, eu preciso acompanhar o ritmo dele!". Eu estava errada, mas Jesus estava certo e aproveitou a situação e o meu coração aberto para começar a fazer morada. Saí daquela campanha querendo saber quem era o Jesus daquele menino. Então quando voltei pra Salvador, minha amizade com Deus não era a mesma, mas também não era tão melhor de como era antes. Comecei a me interessar pelo ministério de música, tinha colocado um país de missões no meu coração, me envolvia mais nas reuniões, mas gente, era tudo por interesse mesmo. Queria tá na música porque o garoto tocava, meu país de missões era o dele e talvez fizesse mais caras e bocas nas reuniões pra aparentar "boa crente" pra ele.
Aí Jesus começou a agir...Queria que eu voltasse meus olhos pra ele e fizesse as coisas por amá-lo, por querer agradá-lo e a mais nenhum outro. Como? Muito simples. O menino não queria nada comigo. E aquele Jesus me mostrou como me amava e com um amor tão verdadeiro. E eu não fazia nada, gente! Pelo contrário, era decepção em cima de decepção, mas meu coração não desistia de idolatrar um deus. E Jesus estava ali, pra me abraçar na dor! Não se importava com minha fé torta ou até falsa, ele só queria me abraçar, porque ele me amava...Não dá pra falar disso e não me acabar de chorar, espera aí...
Hoje não me canso de agradecer por ter passado os anos que se seguiram àquela Campanha em que tanto sofri por causa dessa situação, mas que me levaram à uma intimidade e amizade com Deus que decidiram o resto da minha vida...
[Continua]
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