Muito mais Coisas pra Imitar.

São 22:28 agora e quero tentar começar a escrever, porque Rebecca não pára de puxar assunto enquanto tenta começar a estudar.

Pois bem, vou de Lucas dessa vez... Como tinha comentado na última postagem, esse evangelho ta me deixando numa crise maravilhosa.

Eu ia fazer uma postagem super-mega elaborada, ia até desenvolver um exemplo da montanha do Everest, apresentar mil temas com esse assunto que ando pensando... Mas depois me bateu um temor... Porque não quero ficar escrevendo coisas que ficam na minha cabeça, mas depois eu fecho o blog e vou viver minha vidinha-mais-ou-menos. Ai, miseriqueima.

Mas o que basicamente Lucas me fez pensar foi como eu empenho minha vida para ser “semelhante a Jesus”.

É muito fácil não se arriscar demais. Fazer aquilo que requer muito mais um esforço pessoal do que um agir sobrenatural do Espírito é cômodo, confortável, (mais) fácil.
Tá certo, em que esse último parágrafo se aplica ao meu objetivo de ser igual a Jesus?

Desde pequena, ouço e leio sobre os feitos de Jesus e como ele deve ser imitado. Sua ousadia, poder, sinais que fazia por onde passava, além de uma comunhão com o Pai humilhante e etc, se tornaram meus objetivos de vida: “Poxa, eu vou ser igual a Ele.”
Querer imitá-lo considero que foi meu giro de 360 graus (ou seriam 180? Ah, sem polêmicas extras, hahaha). Só sei que deixei qualquer referencial humanista pra minha vida e decidi segui-lo.

O que comecei a perceber ao ler Lucas é que a vida de Jesus, o qual imitamos, é muito mais do que a idéia da vida de Cristo que eu estabeleci na minha cabeça pra imitar, e o problema é que, com Lucas, a ficha caiu que eu preciso me arriscar a viver completamente a vida de Deus.

Quando pensava em “ser igual a Jesus”, de primeira (e segunda, e terceira, e quarta...) vinham coisas como: santidade, pregar o evangelho, obedecer aos pais, humilhar-se a si mesmo...
Claro, sem sombra de duvidas, quando fazemos essas coisas estamos imitando Jesus e muito bem, mas é que não é só isso que faz parte do pacote. Essas coisas estão no grupo das coisas que ‘requerem muito mais um esforço pessoal do que um agir sobrenatural do Espírito’. Sei também que somos movidos pelo Espírito em todas as coisas, mas se não matarmos nossa carne, dizendo NÃO, NÃO e NÃO pra nós mesmos... fica complicado.

Então, eis Lucas apresentando de uma forma completa a vida de Jesus que precisamos imitar. Vou citar os 2 acontecimentos que me levaram ao ponto máximo da crise:
Um é Jesus curando uma surda. ÊPA, PARA TUDO. Se fosse isso já estaria bom demais. Mas é que não era uma enferma não, gente. Era uma endemoniada. O demônio que era surdo! Meu Deus, olha que sensibilidade! Que... Tão faltando palavras. No dia que eu tiver tamanho discernimento...
Outro é Jesus chegando na cidade e 10 leprosos indo ao encontro dele! Indo até ele! Clamando por socorro: ‘Jesus!!!!’ As pessoas iam até Ele! E eu aqui lutando pra conseguir ir só evangelizar uma pessoinha que seja, não é nem curar nem nada...

Tá entendendo o temor agora?

Eu creio que faremos coisas maiores dos que a que Jesus fez. Se Ele mesmo disse isso, e não há nenhum esforço pessoal que as façam acontecer, apenas o agir sobrenatural do Espírito, então é porque vai acontecer mesmo. E isso demonstra toda minha incapacidade, e mesmo que me sentisse capaz, de nada adiantaria, porque só seu poder MESMO. Sem ele, nada posso fazer.
Por isso, agora quando ouço qualquer coisa sobre ‘ser semelhante a Jesus’, não quero ficar no raso. Nem que eu lute por anos e anos até ver sinais e prodígios, nunca deixarei de crer e buscar essas coisas que fazem parte da vida de Jesus.

É muito mais do que pensamos,

Marta Andrade